sábado, 27 de fevereiro de 2010

Êxtase




O corpo se rende, ofega
Não resiste, se entrega
Atropela a razão,
Pula, exalta, explode
É pura emoção.
Afagos, carícias, abraços
As pernas tremem, se comprimem
Cada toque, nada os reprime
Encostados no muro, na pia,
Jogados no chão
Estendidos os corpos num pano
Cenário daquela volúpia
Catarse com
Peles molhadas,
Suor e sofreguidão
Não há pecado, não há malícia
Tudo se apaga do lado de fora
Não há cobrança,
Não há solidão.
Gritos os trazem de volta
Folhas caindo no chão
O telefone que toca incessantemente
Tudo dormente
Dolente
É prazer jorrando dos corpos
O beijo, as chaves,
A separação.

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