terça-feira, 18 de maio de 2010

A semente


De repente

A semente

Que se fez em minha mente

Fez-se tão indiferente

Que não sente

Que o meu poente está dormente

E minha vida doente

Porque calmamente

Como uma serpente

Você partiu... de repente!



Sintonia


Houve um momento que julguei te amar.

Houve um momento que procurei te encontrar.

Houve um momento que tudo se quebrou

E de nossos momentos nada então restou.

Quis ser sua imagem refletida no espelho

E me fiz escravos de um só desejo.

Desejo de tua boca encostada na minha;

de teu corpo se confundindo no meu;

de tuas mãos entrelaçadas num único movimento

da pressão frenética de almas em entretenimento.

Quis ser teu amado virtual

No toque mágico, transcendental

de uma sintonia mais que fina

única, pequenina, intensa e poética.

Fui amado, sem nunca ter sido.

Fui idolatrado, embora não ídolo.

Fui o que sobrou, cacos de vidros

espalhados pelo chão.

O espelho se partiu num só momento.