sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O outro dia


A noite se dissolveu com os primeiros raios.

O corpo ao lado, exaurido pelo prazer,

Desperta sonolento no lençol sobre o colchão.

A doce ilusão que o encontro se repetiria

Foi-se no decorrer do dia,

Na estrada que se perdia no campo da visão.

Tomou o vazio como o seu alento

Pois dentro de si, sabia,

Que daquela boca tão cedo não ouviria

Palavras quentes de amor.

Com o tempo se acostumou

A não ter consigo aquela imagem

Do sorriso-meninice, perdido no quarto,

Atrelado a outro corpo, exalando paixão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário