quarta-feira, 13 de março de 2013

TEMPO DE POESIA


                                                                    À professora Ivanete da Silva Glória Dalmácio


Houve um tempo em que se falava das flores
Falava-se da lua prateada a enfeitar o céu
Falava-se do mel dos olhos da doce menina
Falava-se da manhã raiada que pensava perdida.

Houve um tempo de corações brandos e ternos
De homens de mãos estendidas, fraternos.
De beijos roubados num portão
E a matéria das matérias eram sentimentos.

Houve um tempo em que da ilusão se fazia versos
Que não se era escravo do tempo e da hipocrisia
Que mesmo de dia, estrelas pipocavam no ar
Em busca da criação, da composição, do sonhar.

Houve um em tempo que da chuva sonetos brotavam
Que trovadores enfeitavam a rua com acordes
Enquanto olhares cruzavam as esquinas
À procura de suas musas, elegantes senhoras.

Houve e há um tempo que é permitido extrair do presente
A matéria que nos faz sensíveis e ao mesmo tempo fortes
Para compor uma obra – mesmo que não seja prima –
Mas que prima por nos encantar sendo poesia.

Houve e há um tempo, que mesmo moderno,
Tem garimpeiros das emoções – por isso – poetas.

14 de março – Dia da Poesia

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