quinta-feira, 14 de junho de 2012

O outro dia


A noite se dissolveu com os primeiros raios.
O corpo ao lado, exaurido pelo prazer,
Desperta sonolento no lençol sobre o colchão.
A doce ilusão que o encontro se repetiria
Foi-se no decorrer do dia,
Na estrada que se perdia no campo da visão.
Tomou o vazio como o seu alento
Pois dentro de si, sabia,
Que daquela boca tão cedo não ouviria
Palavras quentes de amor.
Com o tempo se acostumou
A não ter consigo aquela imagem
Do sorriso-meninice, perdido no quarto,
Atrelado a outro corpo, exalando paixão.

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