segunda-feira, 15 de março de 2010

CRÔNICA DE UM AMOR SUBURBANO




Não é a solidão que invade meu peito.
Não é a dor da partida, nem a despedida.
É uma ausência indefinida
Numa busca constante, no vago, no impreciso.
É um querer te tocar sem nunca ter te visto.

Tudo é incômodo, tudo é pensamento
E por um momento me perco, desvaneço.
Quero o que não encontro, o tropeço
Amando aqui o que desconheço
Ou se conheço, é fugaz, passageiro.

Quero o que não permitido, proibido.
A tua boca num constante gemido
De prazer, de suspiros, de volúpias...

E sem saber vou me perdendo
Retirando de mim minha essência,
Fruto da vivência, que não é dor, nem ausência.

Um comentário:

  1. Acredito que essa ausência, essa busca será sempre lenha para o que ainda nem sabemos exatamente o que é, mas queremos sempre!

    Gosto de suas palavras!

    Parabéns...

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