O calor do teu corpo quando me abraça
Transpassa os limites do meu pensamento
E sedento quero mais que aquele
Simples carinho desse anjo que enlaça.
Seu jeito distante, mas tão presente
É paradoxo ente o sonho e a realidade,
Uma fenda nas estradas da paixão,
Do encantamento da saudade.
Nessa aridez que se principia no sertão,
Vou vendo a vegetação
Que segue à minha frente
Enquanto te sinto onírico...
Sonho adormecido,
ao meu lado.
Toques involuntários de pernas, ombros e mãos,
São pequenos furtos que pratico
Na expectativa que despertes da viagem que fazes
E que me olhes mais
E que me tenhas no teu coração.
As estradas prosseguem
E sei que no fim dessa viagem
De calor, aridez e luz
Nos despediremos como
amigos
Nos falaremos vez
em quando
Para que não se perca no tempo
Os breves momentos roubados e intensos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário