27 de março, Dia Mundial do Teatro. Ele foi
criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da
inauguração do Teatro das Nações, em Paris, sendo uma forma de fazer refletir
sobre essa arte e na sua importância no contexto histórico, afinal ele existe
desde a era primitiva.
O marco principal do surgimento do teatro
foi a reunião de um grupo de pessoas em torno de uma fogueira, para se aquecer
do frio e ali contar os fatos ocorridos durante o dia. A representação existe
desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais para contar
aos outros como eles eram e o que faziam, se eram bravos, se atacavam, ou seja,
era a necessidade de comunicação entre os homens, e isso se projetava em suas
sombras.
As homenagens aos deuses também favoreceram
o aparecimento do teatro. Na época das colheitas da uva, as pessoas faziam
encenações em agradecimento ao deus Dionísio (deus do vinho), pela boa safra de
uvas colhidas, assim, sacrificavam um bode, trazendo para a comemoração os
primeiros indícios da tragédia.
Para comemorar o Dia do Teatro, a Federação
Capixaba de Teatro realizou em Baixo Guandu, com apoio da Secretaria de Estado
da Cultura, o VII Festival Capixaba de Teatro e lá reuniu grupos e companhias
de todo o Espírito Santo, que mostraram desde performances a comédias e
tragédias, em variadas linguagens. É um festival que renasce das cinzas.
A participação do Sul do Estado
Do Sul do Estado quatro montagens estiveram
participando. De Cachoeiro, o Grupo Ela
de Teatro encenou “A tímida luz de velas”,
texto de Milson Henriques – consagrado escritor capixaba, que mostra as mazelas
de duas velhas senhoras recordando seu passado. Também de Cachoeiro, com
parceira de Guaçuí, o Grupo de Teatro Anônimos encenou “A Culpa”, baseada na obra de Franz Kafka intitulada “Carta ao Pai”,
na interpretação de Luiz Carlos Cardoso.
De Divino de São Lourenço, o Circo Teatro
Capixaba levou para aquela cidade do norte do Estado o espetáculo de rua “Pé de que tem”, numa montagem que reúne
cortejo, poesia, teatro de rua e manifestações populares. O espetáculo conta
com interferências populares, assim como eram as procissões dionisíacas.
Liderados por Willian e Ananda, a trupe puxou as atividades comemorativas do
Dia Mundial do Teatro.
Guaçuí em cena
Em comemoração aos seus trinta anos, o
Grupo “Gota, Pó e Poeira” levou àquele festival a montagem “A saga amorosa dos amantes Píramo e Tisbe”,
numa adaptação livre da obra de Shakespeare. Foram duas sessões repletas de
muito riso, que cativaram o público da cidade de Baixo Guandu, e muitos
assistindo pela primeira vez a um espetáculo teatral. As sessões ocorreram
dentro da sede da cidade, numa lona de circo, e outra no interior, na
comunidade rural Km 14.
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