Há pessoas que surgem em nossas vidas
Rouba-nos um sorriso, um abraço,
E no embaraço de um momento,
Desaparecem no acaso, deixando-nos ao relento.
Pessoas que nos mostraram num segundo
O quanto belo poderia ser o mundo
E que, no entanto, se diluem nas estrelas
Mesmo que em suas certezas incertas
Fossem apenas promessas de reencontros.
Por que elas fogem, desaparecem, escondem-se?
Nossos corações e mentes não conseguem isso alcançar,
Pois tão frágil é a fé nas pessoas, nesse ato de acreditar,
Que somos iludidos nesse frívolo encantamento.
Então, começamos uma busca desconexa e de radar
Nas ruas, praças, baladas, mercados e bares
Procurando em cada olhar, o olhar de encanto
Que nos propiciou fugazes momentos de felicidades.
Percebemos que a perenidade do encontro
É mera projeção de nossa mente sedenta
De minutos de prazer, carinho, amizade,
Marcados pela sensação do eterno enquanto dure.